quarta-feira, 21 de maio de 2008

"Este inferno de amar", Almeida Garrett

"Amor", Gustav Klimt, 1895




Este inferno de amar – como eu amo!-
Quem mo pôs aqui n’alma...quem foi?
Esta chama que alenta e consome,
Que é a vida - e que a vida destrói-
Como é que se veio a atear,
Quando – ai quando se há-de ela apagar?

Eu não sei, não me lembra: o passado,
A outra vida que dantes vivi
Era um sonho talvez... – foi um sonho –
Em que paz tão serena a dormi!
Oh! que doce era aquele olhar...
Quem me veio, ai de mim! despertar?

Só me lembra um dia formoso.
Eu passei...dava o Sol tanta luz!
E os meus olhos, que vagos giravam,
Em seus olhos ardentes os pus.
Que fez ela? eu que fiz? – não no sei:
Mas nessa hora a viver comecei...

Almeida Garrett, Folhas Caídas

"Electric Dreams", Phil Oakey, 1984



I only knew you for a while
I never saw your smile
‘Till it was time to go
Time to go away
Time to go away

Sometimes its hard to recognise
Love comes as a surprise
And its too late
It's just to late to stay
To late to stay


We'll always be together
However far it seems
Love never ends
We'll always be together
Together in electric dreams

Because the friendship that you gave
Has taught me to be brave
No matter where I go
I'll never find a better prize
Find a better prize

Though your miles and miles away
I see you everyday
I don't have to try
I just close my eyes
I close my eyes