No fundo do mar há brancos pavores, Onde as plantas são animais E os animais são flores.
Mundo silencioso que não atinge A agitação das ondas. Abrem-se rindo conchas redondas, Baloiça o cavalo-marinho. Um polvo avança No desalinho Dos seus mil braços, Uma flor dança, Sem ruído vibram os espaços.
Sobre a areia o tempo poisa Leve como um lenço.
Mas por mais bela que seja cada coisa Tem um monstro em si suspenso.
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